Estou Grávida e Não quero Ter o Bebê
Estou Grávida e Não quero Ter o Bebê. A gravidez é um momento de muitas mudanças na vida de uma mulher, que envolve aspectos físicos, emocionais, sociais e financeiros.
Nem sempre a gravidez é planejada ou desejada, e pode gerar sentimentos conflitantes, como medo, angústia, culpa, tristeza ou rejeição.
Neste artigo, vamos abordar o que fazer se você está grávida mas não quer ter o bebê, quais são as opções possíveis e onde buscar ajuda.
O que fazer se você está grávida mas não quer ter o bebê
Se você está grávida mas não quer ter o bebê, o primeiro passo é confirmar a gravidez com um exame de sangue ou de urina.
Em seguida, é importante conversar com alguém de confiança sobre a situação, como o seu parceiro, um familiar, um amigo ou um profissional de saúde. Você não precisa passar por isso sozinha, e pode contar com o apoio e a orientação de pessoas que te respeitem e te acolham.
Depois de confirmar a gravidez e conversar com alguém, você tem algumas opções a considerar:
Continuar a gravidez e ficar com o bebê: essa opção implica em assumir a responsabilidade de cuidar do bebê e de prover as suas necessidades. Você pode contar com o apoio do pai do bebê, da sua família ou de programas sociais para te ajudar nessa tarefa.
Você também pode buscar acompanhamento psicológico para lidar com os sentimentos negativos em relação à gravidez e ao bebê, e fortalecer o vínculo afetivo entre vocês.
Continuar a gravidez e entregar o bebê para adoção: essa opção implica em levar a gravidez até o fim e entregar o bebê para as autoridades competentes após o parto. Essa é uma decisão difícil e definitiva, que deve ser feita com consciência e responsabilidade.
Você deve comunicar a sua intenção à Vara da Infância e da Juventude da sua região durante a gestação ou logo após o nascimento do bebê. Você terá que fornecer os seus dados pessoais e assinar um termo de consentimento. Você não poderá escolher quem vai adotar o seu bebê, nem mudar de ideia depois que a adoção for formalizada.
Interromper a gravidez: essa opção implica em encerrar a gravidez antes do seu término natural. Essa é uma decisão ilegal e arriscada na maioria dos casos, que pode trazer graves consequências para a sua saúde física e mental.
No Brasil, o aborto só é permitido em casos de estupro, risco de vida para a gestante ou anencefalia do feto. Em qualquer outra situação, o aborto é considerado crime, punido com pena de prisão para a mulher e para quem realizar o procedimento
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Onde buscar ajuda
Se você está grávida mas não quer ter o bebê, você pode buscar ajuda em diferentes lugares, dependendo da sua situação e da sua decisão. Veja alguns exemplos:
Unidade básica de saúde: você pode procurar um médico ou uma enfermeira para confirmar a gravidez, fazer o pré-natal, tirar dúvidas sobre a saúde do bebê e receber orientações sobre as opções possíveis. Você também pode solicitar um encaminhamento para um serviço de psicologia ou assistência social, se necessário.
Vara da Infância e da Juventude: você pode procurar esse órgão se você decidir entregar o seu bebê para adoção. Você deve levar um documento de identidade e informar os seus dados pessoais. Você receberá orientações sobre os procedimentos legais e os direitos da criança.
Delegacia da Mulher: você pode procurar esse órgão se você foi vítima de estupro e engravidou em decorrência disso. Você deve fazer um boletim de ocorrência e solicitar um exame de corpo de delito. Você receberá orientações sobre como proceder para realizar um aborto legal e seguro, além de apoio psicológico e jurídico.
Organizações não governamentais: você pode procurar organizações que defendem os direitos das mulheres e que oferecem informações, orientações e apoio para mulheres que enfrentam uma gravidez indesejada.
Algumas dessas organizações são: Católicas pelo Direito de Decidir, Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde, Frente Nacional Contra a Criminalização das Mulheres e pela Legalização do Aborto, Rede Feminista de Saúde, entre outras.
Conclusão
Estar grávida mas não querer ter o bebê é uma situação difícil e delicada, que exige reflexão, diálogo e apoio.
Se você está passando por isso, saiba que você não está sozinha, e que existem pessoas e lugares que podem te ajudar a tomar a melhor decisão para você e para o seu bebê.
Lembre-se de que a sua saúde e a sua vida são importantes, e de que você tem direitos e deveres como cidadã e como mãe.
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