Os Principais Cuidados Com a Alimentação Na Gravidez

Cuidados Com a Alimentação Na Gravidez

A alimentação na gravidez é um dos fatores mais importantes para garantir a saúde da mãe e do bebê. Uma dieta equilibrada e variada, rica em nutrientes essenciais, pode prevenir problemas como anemia, diabetes gestacional, pré-eclâmpsia, baixo peso do bebê, entre outros.

Mas quais são os principais cuidados que a gestante deve ter com a alimentação? Quais alimentos são recomendados e quais devem ser evitados? Como planejar as refeições e controlar o ganho de peso? Neste artigo, vamos responder a essas e outras perguntas sobre a alimentação na gravidez. Acompanhe!

A importância da alimentação na gravidez

A alimentação na gravidez tem um papel fundamental no desenvolvimento do bebê e na prevenção de complicações na gestação. Durante os nove meses, o organismo da mãe precisa fornecer ao feto todos os nutrientes necessários para o seu crescimento e formação.

Além disso, a alimentação na gravidez também influencia na saúde da mãe, que passa por diversas mudanças hormonais, físicas e emocionais.

Uma dieta adequada pode ajudar a manter o bem-estar da gestante, evitando problemas como fadiga, constipação, azia, inchaço, entre outros.

Portanto, é essencial que a gestante tenha uma alimentação balanceada e saudável, que atenda às suas necessidades e às do bebê. Para isso, é importante seguir algumas recomendações básicas, que vamos ver a seguir.

O que comer na gravidez

De modo geral, a alimentação na gravidez deve ser baseada em alimentos naturais e minimamente processados, que oferecem maior qualidade nutricional. Alguns grupos de alimentos são especialmente importantes para a gestante e o bebê, como:

Frutas e verduras: são fontes de vitaminas, minerais, fibras e antioxidantes, que contribuem para o funcionamento do sistema imunológico, digestivo e cardiovascular.

As frutas e verduras também fornecem ácido fólico, uma vitamina essencial para a prevenção de defeitos no tubo neural do bebê. Recomenda-se consumir pelo menos cinco porções de frutas e verduras por dia, de preferência orgânicas e variadas.

Cereais integrais: são fontes de carboidratos complexos, que fornecem energia para a mãe e o bebê. Os cereais integrais também contêm fibras, que ajudam a regular o trânsito intestinal e a controlar os níveis de açúcar no sangue.

Além disso, os cereais integrais são ricos em vitaminas do complexo B, ferro e zinco, que são importantes para o desenvolvimento cerebral do feto. Exemplos de cereais integrais são: arroz integral, aveia, quinoa, centeio, cevada, entre outros.

Proteínas magras: são fontes de aminoácidos essenciais, que são os blocos de construção das células do corpo. As proteínas magras também fornecem ferro, que previne a anemia materna e fetal; zinco, que favorece o crescimento e a imunidade do bebê; e iodo, que é fundamental para a formação da tireoide do feto.

As melhores fontes de proteínas magras são: carnes brancas (frango, peru), peixes (salmão, sardinha), ovos (preferencialmente cozidos ou mexidos), leite e derivados (queijo branco, iogurte natural), leguminosas (feijão, lentilha, grão-de-bico, ervilha, soja).

Gorduras boas: são fontes de ácidos graxos essenciais, que são importantes para a formação das membranas celulares e do sistema nervoso do bebê. As gorduras boas também ajudam a absorver as vitaminas lipossolúveis (A, D, E, K) e a regular os níveis de colesterol e triglicerídeos no sangue.

As melhores fontes de gorduras boas são: azeite de oliva, abacate, oleaginosas (nozes, castanhas, amêndoas), sementes (chia, linhaça, girassol), peixes gordos (salmão, sardinha, atum)

Leia também: Guia da Gestante Saudável da Nutricionista Miriã Lima:

O que evitar na gravidez

Além de saber o que comer na gravidez, é importante saber o que evitar ou limitar na alimentação. Alguns alimentos podem representar riscos para a saúde da mãe e do bebê, como:

Alimentos crus ou mal cozidos: podem conter bactérias, vírus ou parasitas que causam infecções como toxoplasmose, listeriose e salmonelose. Essas infecções podem provocar aborto, parto prematuro ou malformações no feto.

Por isso, é recomendado evitar o consumo de carnes cruas ou mal passadas, peixes crus (sushi, sashimi), ovos crus ou com a gema mole, leite e queijos não pasteurizados, brotos crus, entre outros.

Alimentos ricos em açúcar e gordura: podem contribuir para o ganho excessivo de peso na gravidez, o que aumenta o risco de diabetes gestacional, hipertensão arterial, pré-eclâmpsia e parto cesárea.

Além disso, esses alimentos podem prejudicar a qualidade nutricional da dieta e causar cáries dentárias na mãe e no bebê. Por isso, é recomendado evitar ou limitar o consumo de doces, bolos, biscoitos, refrigerantes, sucos industrializados, frituras, salgadinhos, fast food, entre outros.

Alimentos ricos em cafeína: podem interferir no sono e na absorção de ferro e cálcio na gravidez. Além disso, a cafeína pode atravessar a placenta e afetar o ritmo cardíaco e o desenvolvimento do bebê.

Por isso, é recomendado limitar o consumo de café, chá preto, chá verde, chá mate, refrigerantes à base de cola, energéticos, chocolate, entre outros. A quantidade máxima de cafeína por dia na gravidez é de 200 mg, o equivalente a duas xícaras pequenas de café.

Alimentos ricos em sódio: podem causar retenção de líquidos e aumento da pressão arterial na gravidez. Além disso, o sódio pode prejudicar a absorção de cálcio e magnésio, que são importantes para a saúde óssea da mãe e do bebê.

Por isso, é recomendado evitar ou limitar o consumo de sal, temperos prontos, caldos de carne ou legumes, molhos industrializados, embutidos (presunto, salame, mortadela), enlatados (milho, ervilha, atum), queijos amarelos (mussarela, prato), entre outros.

Como planejar as refeições na gravidez

Para ter uma alimentação saudável na gravidez, é importante planejar as refeições com antecedência e seguir uma rotina alimentar regular.

Isso ajuda a evitar a fome excessiva e as escolhas inadequadas de alimentos. Uma boa dica é fazer pelo menos seis refeições por dia: café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia.

Em cada refeição, procure incluir alimentos dos diferentes grupos alimentares e variar as cores, os sabores e as texturas dos alimentos. Isso garante uma maior diversidade nutricional e torna a alimentação mais prazerosa.

Outra dica é beber bastante água ao longo do dia para manter a hidratação adequada e prevenir problemas como infecções urinárias e cálculos renais na gravidez. A quantidade recomendada de água por dia na gravidez é de cerca de dois litros.

Leia mais: Guia da Gestante Saudável!

Como controlar o ganho de peso na gravidez

O ganho de peso na gravidez é normal e esperado, pois reflete o crescimento do bebê e das estruturas que o envolvem, como a placenta, o líquido amniótico, o útero e as mamas. No entanto, o ganho de peso excessivo ou insuficiente pode trazer riscos para a saúde da mãe e do bebê.

Por isso, é importante controlar o ganho de peso na gravidez, seguindo as orientações do médico obstetra e do nutricionista. O ganho de peso ideal na gravidez depende do índice de massa corporal (IMC) da mãe antes da gestação. Veja a tabela abaixo:

IMC antes da gravidezGanho de peso recomendado na gravidez
Abaixo de 18,5Entre 12,5 e 18 kg
Entre 18,5 e 24,9Entre 11 e 16 kg
Entre 25 e 29,9Entre 7 e 11,5 kg
Acima de 30Entre 5 e 9 kg

Para controlar o ganho de peso na gravidez, é importante seguir uma alimentação saudável e equilibrada, como já mencionamos anteriormente. Além disso, é recomendado praticar atividade física regularmente, com a orientação do médico e do educador físico.

A atividade física ajuda a manter a forma física, a prevenir o diabetes gestacional, a melhorar a circulação sanguínea e a reduzir o estresse.

Algumas atividades físicas indicadas para a gestante são: caminhada, hidroginástica, pilates, yoga e alongamento. O ideal é praticar pelo menos 30 minutos por dia, três vezes por semana. Evite atividades que envolvam impacto, saltos, risco de queda ou trauma abdominal.

Conclusão para: Alimentação na gravidez

A alimentação na gravidez é um dos aspectos mais importantes para garantir a saúde da mãe e do bebê. Uma dieta balanceada e variada pode prevenir problemas como anemia, diabetes gestacional, pré-eclâmpsia, baixo peso do bebê, entre outros.

Para ter uma alimentação saudável na gravidez, é importante seguir algumas recomendações básicas, como:

  • consumir alimentos naturais e minimamente processados;
  • incluir alimentos dos diferentes grupos alimentares;
  • evitar ou limitar alimentos crus ou mal cozidos, ricos em açúcar e gordura, ricos em cafeína e ricos em sódio;
  • planejar as refeições com antecedência e seguir uma rotina alimentar regular;
  • beber bastante água ao longo do dia;
  • controlar o ganho de peso na gravidez;
  • praticar atividade física regularmente.

Seguindo essas dicas, você estará contribuindo para o seu bem-estar e o do seu bebê. Lembre-se de que a alimentação na gravidez é um ato de amor e cuidado. Cuide-se bem! 💕

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